“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta”. Essas são as últimas palavras ouvidas por Sérgio ao ser deixado no internato em que passaria sua adolescência. O Ateneu, uma “crônica de saudades” (como nos diz Pompeia), são as memórias do Sérgio crescido, que busca as lembranças de sua mocidade.

Sérgio não faz um simples apanhado, um mapeamento do que viveu: ele crava as garras das múltiplas emoções em cada história que nos conta. Não querendo esconder as sensações que sentia e que sente, ele nos fala de suas amizades, seus desafetos, dos professores e do famigerado Aristarco, o diretor, símbolo da ordem e da arbitrariedade, a personificação da escola.

A rotina do internato é sempre balançada por alguma travessura. Sérgio é um dos arteiros que abusa da rebeldia, descobrindo os segredos por trás da harmonia estabelecida por Aristarco.

Considerado o único exemplar do romance impressionista na literatura brasileira, se destaca por sua singularidade.