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Gerencialismo e Responsabilização: Repercussões para o Trabalho Docente

Gerencialismo e Responsabilização: Repercussões para o Trabalho Docente

Sinopse

Avaliações externas em larga escala. Você certamente já ouviu falar. Os testes recebem diferentes nomes em cada sistema educacional e se espalham pelos quatro cantos do mundo. Com a popularização das políticas educacionais organizadas a partir das avaliações externas, a "prova" que milhares de estudantes realizam abandona o status de simples instrumento avaliativo para transformar-se em ferramenta de controle e subordinação do trabalho docente e da organização do trabalho pedagógico. Mas a avaliação externa em larga escala isoladamente apresenta esse objetivo? Não. O teste, quando articulado às políticas gerenciais e de responsabilização provenientes das reformas de Estado, tem sua finalidade alterada abandonando seu caráter de acompanhamento das políticas educacionais para transformar-se em instrumento de controle da escola e, ao mesmo tempo, ser a coluna vertebral para a reforma empresarial da educação. Considerando ampla base teórica, o livro explora os conceitos de gerencialismo e responsabilização docente (accountability), bastiões da política educacional do Estado de São Paulo, apresentando, ao mesmo tempo, os resultados de pesquisa cujo objetivo central assentou-se na identificação e análise das repercussões dessa política para o trabalho docente e a organização do trabalho pedagógico. Uma conclusão é taxativa: as políticas gerenciais e de responsabilização docente não oferecem benefícios à educação. Suas consequências são negativas, sistemáticas e específicas ao trabalho docente, não contribuindo para a qualidade social da educação. No livro, o leitor poderá ter acesso ao fundamento dos processos que ocasionam implicações no dia a dia das escolas, tais como divergência, desconfiança e sentimento de injustiça em relação aos indicadores de desempenho; conflito e tensão entre as etapas de ensino; desânimo, frustração e desestímulo em relação à carreira docente; cobrança, pressão e monitoramento sobre a direção escolar e os professores; alinhamento da organização do trabalho pedagógico às avaliações externas; redução da autonomia docente; estreitamento curricular, além de apontar, da mesma forma, resistências diversas à política, tanto pelo professores como pelos estudantes. De maneira geral, o livro oferece uma importante contribuição para o debate das avaliações externas e suas repercussões para o cotidiano das escolas, dos professores e estudantes.