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Ludwik Fleck e o Círculo de Viena: História, Ciência e Linguagem

Ludwik Fleck e o Círculo de Viena: História, Ciência e Linguagem

Sinopse

O livro Ludwik Fleck e o Círculo de Viena: história, ciência e linguagem pretende somar esforços a outras iniciativas atuais voltadas para a (re)descoberta das contribuições pioneiras dadas pela teoria da ciência do médico e microbiologista polonês Ludwik Fleck, cujas publicações em Epistemologia foram condenadas a mais de três décadas de ostracismo. Para tanto, o livro concentra suas atenções sobre uma questão de fundamental importância no processo de elaboração das ideias originais de Fleck: a contraposição do pensador polonês tanto ao Círculo de Viena quanto a um dos membros mais proeminentes do movimento intelectual, o filósofo e lógico alemão Rudolf Carnap. Mais especificamente, a obra propõe uma abordagem inovadora ao identificar os pontos de discordância entre Fleck e a orientação neopositivista como zonas de acesso privilegiadas a discussões caras ao autor trabalhado acerca de temas pertinentes à produção do conhecimento nas ciências, com especial destaque para o papel da linguagem como instrumento de mediação das interações cientista-mundo, assunto ainda muito negligenciado pela bibliografia especializada. Fleck consegue avançar por onde as teorias da ciência tradicionais vigentes encontram graves limitações. Muitas dificuldades não foram sanadas satisfatoriamente por pesquisadores consagrados no mundo acadêmico contemporâneo (como Thomas Kuhn, Bruno Latour e David Bloor) e são superadas com eficiência pelos pontos de vista sustentados pelo pensador polonês. Portanto, o livro procura evidenciar como Fleck soluciona, com grande agilidade, antigos desafios enfrentados por interpretações destinadas a analisar a produção do conhecimento nas ciências. Dito de outra maneira, a obra avalia quais os mecanismos acionados por Fleck e com qual grau de competência o autor trabalhado equaciona aporias consideradas herdadas das tradições remanescentes dos mais de 30 anos sob a influência hegemônica da orientação neopositivista, em especial da divisão de Reichenbach, a principal consolidadora da distinção entre o contexto de descoberta e o contexto de justificativa.