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Morro do isolamento

Morro do isolamento

Sinopse

Morro do isolamento traz vinte crônicas que conjugam lirismo, mordacidade e humor, marcas incontornáveis do estilo incomum de Rubem Braga. Porque ninguém escreveu como ele, e ele se mostra cada vez mais vivo nas páginas que nos legou. Aqui temos o cronista globe-trotter que trabalhou em diversas redações, de Recife a Porto Alegre, de São Paulo a Santos, e no Rio de Janeiro, seu porto seguro, onde residiu a maior parte de sua vida.Publicado pela primeira vez em 1944, Morro do Isolamento é outro livro paradigmático do cronista que apesar de muito moço nessa época, já possuía a marca do gênio alimentado por largos horizontes terrestres. Um lírico que não dispensou o dedo na cara de quem faz pouco ou nada pelo bem dos abandonados da vida. É Rubem Braga em sua potência máxima, contundente como na extraordinária dedicatória inicial, ou em qualquer um destes seus vinte recados em forma de crônica.No início, o autor faz uma dedicatória aos colegas de trabalho, e uma não dedicatória para:"E comece por Hitler, mas não fique nesse grande cão escandaloso nem nos que latem e mordem de sua vanda. Atinja, aqui e ali, todos os que, no claro ou no escuro, trabalham mesquinhamente contra o amanhã. Aos carniceiros prudentes e às velhas aves de rapina barrigudas e todavia insensatas; aos construtores de brejos e aos vendedores de água podre; aos que separam os homens pela raça e pelos privilégios; aos que aborrecem e temem a voz do homem simples e o vento do mar; e aos urubus, aos urubus!" R.B.

Autor

Rubem Braga nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, ES, em 1913. Ainda estudante, iniciou-se no jornalismo fazendo uma crônica diária no jornal Diário da Tarde. Como repórter, trabalhou na cobertura da Revolução Constitucionalista de 1932 para os Diários Associados. Mesmo depois de formado em Direito, continuou com o jornalismo, escrevendo crônicas para O Jornal.Mudou-se para Recife, PE, e passou a escrever para o Diário de Pernambuco. Fundou, no Rio, o jornal Folha do Povo, tomando partido da ANL (Aliança Nacional Libertadora). Em 1936, lançou seu primeiro livro de crônicas, O Conde e o Passarinho. Em 1938, fundou, junto com Samuel Wainer e Azevedo Amaral, a Revista Diretrizes. Foi correspondente de guerra na Europa durante a Segunda Guerra Mundial pelo Diário Carioca, tendo tomado parte da campanha da FEB (Força Expedicionária Brasileira) na Itália, em 1945. No período de 1961 a 1963, foi embaixador do Brasil no Marrocos.Considerado um dos maiores cronistas brasileiros, Rubem Braga publicou diversos livros, entre eles Crônicas do Espírito Santo e Coisas simples do cotidiano. O autor adorava a vida ao ar livre, morava em um apartamento de cobertura, em Ipanema, onde mantinha um jardim completo, com pitangueiras, passarinhos, e tanques de peixes.Nos últimos tempos, publicava suas crônicas aos sábados no jornal O Estado de São Paulo. Foram 62 anos de jornalismo e mais de 15 mil crônicas escritas. Rubem faleceu, no Rio de Janeiro, no dia 19 de dezembro de 1990.