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Sinopse

A segurança pública é um serviço que está inserido na esfera de atribuição exclusiva do Estado, sendo uma área em constante “mutação”, onde a cada dia surgem novas e diferentes ameaças, requerendo uma contínua reciclagem profissional. Formação e treinamento adequados são os dois pilares básicos necessários para se responder eficazmente ante qualquer imprevisto. No Brasil, um tema cada vez mais discutido entre os profissionais de segurança pública é a questão do treinamento policial. A necessidade de melhorar os sistemas de treinamento e a sua filosofia é algo que deve ser urgentemente tratado nos círculos policiais. Entretanto, por mais que se debata esta problemática, observamos que muito pouco tem sido providenciado oficialmente.Os agentes dos órgãos de segurança pública do Estado estão expostos a sofrer algum tipo de agressão a qualquer momento, no desempenho de suas atividades. Por isto, os exercícios de treinamento do qual eles participam devem dotar-lhes de certas destrezas com as armas de fogo que lhes permitam sair ilesos de possíveis enfrentamentos.A maior parte dos treinamentos policiais, no Brasil, não está alicerçada em qualquer tipo de doutrina. Os instrutores direcionam suas aulas de acordo com suas vivências pessoais e dentro de suas experiências teóricas. Neste caso, o amadurecimento profissional será o fator de maior relevância.O método tradicional de treinamento, denominação dada para os incontáveis modelos subjetivos e não doutrinários de treinamento policial, costuma estabelecer um procedimento próprio para cada tipo de situação encontrada na realidade da atividade operacional policial, podendo confundir o policial por ocasião dos confrontos, enquanto o ideal seria a simplificação de procedimentos, para que não seja necessário ao policial, quando em situações de alto risco, recorrer ao “arquivo mental” na tentativa de eleger o procedimento mais adequado para cada situação, o que levará a um gasto precioso de tempo que será indispensável para a sua defesa e consequente sobrevivência.No treinamento tradicional, a regra a ser repassada é a mentalidade de que o policial deverá direcionar os acontecimentos aos seus conhecimentos técnicos e táticos, ou seja: o treinamento é o roteiro do que deverá acontecer nos enfrentamentos reais. Nossa experiência leva-nos a crer que em um treinamento mais adequado o policial não buscará alterar a sequência normal dos acontecimentos, mas estará plenamente capacitado para enfrentamentos armados, de qualquer forma que se apresentar. Imprevistos não fugirão do controle.Precisamos lutar para que se assentem bases doutrinárias de treinamento, unificando critérios e modernizando as técnicas e táticas, para tornar os agentes de segurança pública em profissionais mais seguros no emprego das armas de fogo. Reciclar devidamente os muitos instrutores é essencial, mas só isto não é suficiente, temos que evitar as arcaicas instruções que se apresentam impossíveis de realizar em situação real de enfrentamento e que só são eficientes nos estandes de tiro e a distâncias que não se assemelham à dos enfrentamentos reais.Temos que desterrar os velhos medos e mitos que “assombram” a imensa maioria dos instrutores policiais, esses mitos e lendas urbanas que são transmitidas ao longo dos tempos de instrutor para alunos. Também devem ser esquecidos os ensinamentos de muitas posições ou técnicas que não guardam umas com as outras a mínima semelhança e que forçam o aluno a aprender vários nomes de técnicas e, por sua vez, inúmeras formas de proceder.O segredo em um novo método de treinamento está em defender técnicas simples, que se adaptem a diferentes situações e que sejam adotadas de forma natural, além de permitirem uma fácil transição de uma para a outra, de acordo com a distância do agressor, o ambiente, etc. O objetivo final desta metodologia estará em permitir que o policial, em situações de máximo estresse, em confrontos reais, possa se sobressair com mais facilidade, mesmo que tenha tido ape