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Amor A 4 Mãos

Amor A 4 Mãos

Sinopse

Prefácio Um amor a 4 mãos. Não há outra forma de construir algo imutável como um verdadeiro, se não for por meio da cooperação, do perdão e do amor incondicional... Assim se deu um grande milagre, o nosso amor. Ele foi uma benção imerecida de Deus. Iranete e eu, juntos somos três em um, pois sabemos que sem Jeová Deus nos ensinando e nos disciplinando a cada dia, nenhuma virtude ou vitória existiria, somos cúmplices dos erros e dos acertos cometidos, mas foi graças a essa soma de eventos que conseguimos chegar até aqui... 29 anos de verdadeira paz e harmonia, no quis diz respeito ao nosso amor, à nossa união, um casamento que é a união de duas pessoas imperfeitas, mas que nunca perderam a dignidade e a honra de serem verdadeiros amigos. Assim diz um poeta: "O Amor verdadeiro é uma amizade que deu certo. " A poesia contida nesse livro é um pouco das expressões de amor que produzimos ou para o outro... Há 29 anos encontrei a pessoa a quem entreguei o pouco que possuía, dei-lhe minha vida para ela cuidar. Iranete cuidou tão bem de mim, que mesmo anêmico de amor sobrevivi, não só isso, ela cuidou dos meus filhos, me deu um filho santo. Iranete é a única pessoa deste vasto universo de quem eu quero segurar a mão na hora da partida para o último sono. Só a ela quero dedicar meu último suspiro e olhar de gratidão. No início achava o máximo o fenômeno psíquico da transmissão de pensamento, também o de falarmos juntos frases inteiras, depois, especialmente agora nesta fase, até sonhamos os mesmos sonhos. Há vinte e nove anos escolhemos viver a plenitude de um amor recíproco, de uma lealdade incondicional e sem mácula. Essa é a mulher que Deus fez apenas uma e me concedeu a honra imerecida de amar e de ser por ela amado. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Ode ao amor Queria não ter lido nem estudado Vinicius de Moraes para escrever algo original sobre o amor e a falta dele. Mas algo assim só seria possível se Vinicius não tivesse lido Neruda com tanto espanto e reverência ou se Neruda não tivesse lido Rimbaud. Queria cantar o amor em sua primorosa essência como Ricardo Reis à Lídia como Dante à Beatriz. Inexoravelmente nasci atrasado, atrás de todos esses mas o amor ainda me inspira loucura e lucidez para compor poemas tão simples como este. É o amor que sempre nos guia ao fundo do copo e ao cerne da vida ao topo do mundo e ao fim da tragédia. É amor que nos conduz ao abismo da perda e ao encanto da luz da conquista mesmo que não seja original é só o amor que dá alma ao artista. Evan do Carmo Voam as borboletas! Voa, voa minha bela Morpho... Não quero mais me encantar em ti... Trazê-la junto a mim Assentada em um quadro. Voa enquanto há vida... Vai pousar em jardins de borboletas... Voeje por sobre os jardins suspensos de Salomão! Não, não. Por sobre o Norte e a América do Sul. Voeje por entre as fontes de águas límpidas dos rios do Brasil! Vai buscar a tua cor azul anil...! Vai, e aonde encontrares gente amiga, Pousa na face delas com um beijo meu... E se por aí o teu amor sobreviveu, pousa nos lábios dele os teus... Não digam nada um ao outro, apenas voejem... Sem cerimônia, entrelacem as asas... Voem juntas para comemorar o amor e a liberdade... A todo o bem-querer deem vivaaa! Sejam apenas Morpho Azul, por mim, que tanto as amo...! Sejam o que eu, ele, nós, sejam apenas o que somos, Morphos azuis...Borboletas! Iranete Ponte Te amo Te amo com a mesma intensidade sensual dos vinte poemas de amor de Pablo Neruda... te amo com a mesma paixão irracional de Camões e Baudelaire. Te desejo com a mesma força e juventude de Rimbaud... te quero alucinado e platônico, como Florbela queria o seu amor não consumado. Te amo ainda mais, com o amor físico e irreprimível, que Vinicius cantou à beira-mar, a beleza fugaz da Garota de Ipanema e do Rio Janeiro.