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Devaneios de um Tolo

Devaneios de um Tolo

Sinopse

A estranheza que muitos de nós demonstram hoje diante de um mundo que vive continuamente em conflito, sem que ninguém consiga identificar a real natureza da qual se origina esse problema,apresenta-se nitidamente em algumas das poesias que compõem esse grande Devaneio. Utilizando-se do verso formal, Jader C.I. Barbosa percorre um caminho de questionamentos das razões de ser de muitos dos problemas que afetam o homem e a sociedade atual. Fazendo uso da poética como alegoria para a significação desses conflitos e de um outro, ainda mais profundo, os Devaneios nos conduzem por esses pensamentos que, em diversas vezes, buscamos não ter. Dando voz a essas divagações, que muitos de nós, talvez, já tenham internamente vivenciado, o poeta canta uma canção em tom nostálgico que se apresenta revestida de uma atualidade que fala diretamente ao coração e ao ouvido do leitor. A aparente rigidez de seus decassílabos se desfaz e se funde em harmonia, com a desenvoltura da fala cotidiana, levemente rebuscada aqui ou acolá, gerando um agradável padrão sonoro, estranhamente encantatório, que se mantém naturalmente compreensível. Em alguns momentos, sua lira revive o melodioso hendeca de 4 pés, tão primorosamente utilizado por Gonçalves Dias, e Castro Alves, hoje esquecido pela grande maioria dos poetas, sendo encontrado apenas no cantar dos repentistas nordestinos, em seus extasiantes galopes. No único alexandrino, que adorna seus Devaneios, optou pelo tetra anapéstico com sua cadência de marcha, rigorosa e solene, como o fez Manuel Bandeira, ao se reconciliar com o soneto, em seu afamado "Ouro Preto". Nestes Devaneios, uma camada profunda do Ser, em alguns momentos, toma forma e fala-lhe, cantando o invisível sublime e o ordinário concreto, e revela o que, talvez, já saibamos, mas que necessitamos de que o outro nos diga para que possamos finalmente aceitar como real.