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Maria Antônia: Um Retrato Além da Moldura

Maria Antônia: Um Retrato Além da Moldura

Sinopse

A obra Maria Antônia: um retrato além da moldura apresenta-se estruturada em cinco capítulos que encaminham a uma leitura agradável e compreensível, mediante a alternância de conceitos teóricos e narrativas históricas, acrescidos da intercalação de representações iconográficas pertinentes e de transcrições textuais dialógicas, devidamente referenciadas. Definido o tema – que, à primeira vista e meio século depois, sugere retornar aos eventos conflituosos de que essa via pública foi palco em 1968 –, Fernando Santos da Silva deixa claro que vai transpor os limites da moldura: "O objetivo aqui é mostrar os significados históricos e sociológicos do espaço urbano constituído pela Rua Maria Antônia [...] e contribuir para a percepção de que essa via pública possui uma vivacidade ímpar, uma funcionalidade única, evidenciada nas diversas representações da sociedade que nela circulam, focadas na sua dimensão cultural e educacional". Isso posto, o leitor ganha e a historiografia agradece. Trabalhando simultaneamente com os eixos do tempo e do espaço, o autor – que é professor, historiador e geógrafo, além de talentoso escritor – brinda o leitor com uma escrita constituída de interessantes e precisas sequências históricas, que vão do Brasil-Colônia até o limiar do século XXI. Como elemento de representação geográfica e memória topográfica, o autor reproduz primorosos mapas dessas latitudes do Planalto de Piratininga, correspondentes a cada uma das etapas de colonização, ocupação regional e traçado urbano. Chega-se, assim, às coordenadas do logradouro de 500 metros de extensão, que leva da Consolação ao Pacaembu, e que pelas suas bordas laterais interliga – não separa! – os territórios das duas maiores universidades de São Paulo, consolidadas em meados do século XX. Esse microcosmo da complexa realidade sociopolítica e coletiva do país não merece, segundo o autor, o rótulo de "uma rua na contramão", que outrora lhe foi atribuído. Ao contrário, a Maria Antônia caminha na própria "mão da história" e, apesar da sua reconhecida vetustez, continua a atrair novos e cobiçosos olhares. Por fim, o escritor aponta para "múltiplas possibilidades de novas pesquisas sob as mais diferentes perspectivas e abordagens teórico-metodológicas".