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O Convidado

O Convidado

Sinopse

"Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira". Assim começa um dos mais célebres romances da história, Anna Kariênina, de Liev Tolstói. Essa talvez tenha sido uma inspiração, quem sabe, para a história de "O Convidado". Duas famílias, de mundos completamente diferentes, que vivem suas tragédias cada uma à sua maneira, mas entrelaçadas por uma personagem em comum, que, por fatalidade ou destino, as une. Assim se passa "O Convidado" - título irônico para o segundo romance de Henri Lui. Xavier, movido por uma fatalidade, deixa a casa de seus pais e, a partir daí, se desenrola a história da família Marah. Ivan, seu patriarca, é um Desembargador corrompido por dívidas de jogo, ou simplesmente por uma necessidade de estímulos em sua vida, alheia que foi, até então, a qualquer dificuldade ou percalço. Traição, desilusão, sofrimentos, amores, vinganças... toda sorte de acontecimentos é colocada na grande mesa de jantar dos Marah, para deleite de suas porcelanas, que aguardam "ansiosas por seus pratos". A história começa, justamente, através da perspectiva destas porcelanas (como se dotadas de sentidos), colocando a família Marah como "objeto" de deleite, deliciando-se elas com as excentricidades humanas vindas daquelas personagens ali sentadas. O rumo dos acontecimentos não deixa o leitor entediado. Ao contrário: a curiosidade é uma constante que envolve a trama, cujo final, ou não final, prima pela sua originalidade, deixando o leitor com uma sensação de que, embora terminado o livro, a história continuará. Ao menos em sua memória. Parágrafos refinados, personalidades complexas, e dez partes da história, divididas em dois tomos, tornam o romance obra fácil de se ler. O Convidado é uma obra vivida em tempo indeterminado e em cidades criadas pelo Autor, que consegue, mesmo em centenas de páginas, não situá-la, nem no tempo, nem no espaço - o que apenas aguça a curiosidade já despertada pelos capítulos que a compõem. Um história singular nos dias de hoje, que abraça o romantismo do Século XIX, e, atreve-se a dizer, flerta com características da Rússia, país cujos escritores, como reconhecido pelo próprio Autor, estão entre seus favoritos, mas que, ao mesmo tempo, tem em sua escrita uma marca contemporânea única que deixará o Leitor, no mínimo curioso ou intrigado, mas que, seguramente, não o fará indiferente a tantos infortúnios. Boa leitura e divertimento com as excentricidades expostas às porcelanas na grande mesa da Mansão dos Marah!